Carta da Bia
Mãe da Bia (Nazaré):
20/12/19, data em que recebi uma carta consoladora, reconstituindo o significado da minha vida, pois ao vivenciar a partida de minha filha e minha netinha, ficou só o imenso vazio.
Sou muito grata a Deus, Maira e ao mentor Daniel, pois através deles pude ter minha filha tão perto, com a certeza que elas vivem e que nos reencontraremos.
Após treze meses de infinita saudades, ao receber a carta não me restou dúvidas que aqui é apenas uma passagem, que representa a oportunidade de evolução e correção das nossas falhas ações ao longo da vida.
Com essa consciência, de tentar viver uma vida plena com paz interior, estaremos nos preparando para a vida espiritual, a verdadeira vida.
As cartas consoladoras consolam o coração de quem recebe e dos que presenciam, para uma mãe ter esperança e continuar viva, todos os dias e assim honrar a memória de nossos “tesouros” que se foram. Gratidão Maira, Daniel e todos da equipe que nos receberam com tanto carinho.
Irmã da Bia (Bárbara):
As cartas consoladoras se puseram para mim como a consagração da fé na continuidade da vida.
A perda da minha única irmã nessa vida vinda maneira tão brutal, e, levando junto minha tão sonhada sobrinha me levaram a um lugar vazio nunca antes conhecido… Senti que poderia ter medo de viver, mas ao contrário me sinto mais protegida e preenchida de uma presença que por vezes em vida nem conseguimos praticar com aqueles que amamos, já que são tantas as demandas a serem vencidas no nosso cotidiano.
Por vezes a vida nos leva longe, mas a morte ao que sinto, nos traz mais perto, embora num lugar imaterial. Ler Bia dizendo coisas sobre o “outro mundo” me conecta com toda minha força interior… Na certeza de que tudo reverbera, tudo é resposta, tudo é fluído.
Fui capaz de me desfazer de velhos hábitos ruins, bem como resgatar velhos hábitos bons, criar novos hábitos.
Fui capaz de dar mais valor a cada hora do meu dia e cada momento que com minha irmã desfrutei. Sou capaz de estar mais presente no aqui e agora, sem me distanciar da realidade sensível.
De estar presente estando longe e, sobretudo de continuar sonhando. Pois que somos juntas para sempre… como ela disse em sua carta: a filha, a mãe e a irmã que se misturam.
Força feminina, força ancestral. Bia te amo sem fim, e sei que vc sente isso. Estou aqui.
Imensa gratidão a Maira e a Daniel por toda amizade, acolhimento e companheirismo.
Que Deus fortaleça a missão! Ps.: Paramos de fumar!